O Bule da Mãe
O jovem casal era oriundo de Coimbra. Haviam casado, com pompa e circunstância, na igreja do Convento de Santa Cruz, no ano em que rebentou a Guerra Colonial. Um belo e pesado bule de porcelana, fabricado pela Artibus, de Aveiro, fazia parte do seu enxoval. A jovem noiva adorava contemplá-lo no seu móvel da sala, em Lisboa, para onde se mudaram pouco tempo depois.
Poucos meses após o casamento, o jovem foi mobilizado para Moçambique. E nunca mais voltou, deixando a jovem viúva. Com o rolar dos anos, a moça casou novamente e teve um filho. Contudo, nunca se desfez do seu magnífico enxoval e do seu bule, que havia reunido na altura do seu primeiro casamento. O seu filho herdou-o após a sua morte e, por problemas económicos, desfez-se de tudo. Inclusivamente do maravilhoso e pesado bule de porcelana, cujo exemplar chegou até nós.
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